sábado, 22 de março de 2014

Romeu de Melo: "o mais solidário dos homens com o que ainda vale a pena no mundo"

"[...] Desta perspectiva em que a cultura e liberdade se fundem como condição de espírito, derivaram as variantes da sua reflexão filosófica posta em vários ensaios e em ficção mesmo científica. Resoluto acusador do vírus mediocrático a que são vulneráveis as democracias, incansável foi o seu pugnar pelo desbravamento da cultura sequestrada pelos poderes, pois entendia o sujeito cultural como lídimo intérprete do sentido finalista da evolução humana: o espírito irradiando na culminação da liberdade. E, sublinhe-se, liberdade e nobreza de conduta eram o timbre desse maravilhoso amigo que, na solidão do seu horror a fachadas que apregoam falsos valores, era o mais solidário dos homens com o que ainda vale a pena no mundo", escreveu Natália Correia no obituário de Romeu de Melo em Dezembro de 1991.

Romeu de Melo (1933-1991), licenciado em economia, legou-nos uma extensa obra filosófica, de ensaio e de ficção, abrangendo vários temas de considerável importância social, política e científica. Viveu muitos anos em Mértola, onde o conheci no início da década de 1950 ainda na minha infância. A despeito de ter mais doze anos do que eu, estabeleceu-se entre nós, desde então, uma amizade para a vida. No meu 3º ou 4º ano do liceu, deu-me algumas explicações de álgebra e geometria seguindo os livros do matemático J. Jorge G. Calado (pai de Jorge Calado, futuro químico, professor do IST, e colunista de arte e de ópera). Romeu falava-me a propósito, com entusiasmo contagiante, sobre a hipótese, o axioma e a tese, rabiscando algumas notas nas margens dos meus livros. E, num desses dias, sentado à secretária da sua recheada biblioteca, disse-me: "Amicus, vou ler-te um conto!" e, pegando numas folhas datilografadas, começou com voz grave, cavernosa e misteriosa:

"O rapazinho estudioso sentiu um estremecimento interior, e ficou a pensar se seria aquele o sinal.
Ele temia um sinal, mas não sabia qual a sua forma nem a sua cor... As suas convicções tinham de ruir, e um monstrozinho interior - a decepção e o descrédito dos outros - havia de surgir-lhe na sua frente, para lhe dizer:
- Acorda! Todos os ideais da tua juventude se consumiram...
- Acorda! Acorda! Já és um homem.
E depois, pensava o rapazinho estudioso, o monstro havia de aparecer na sua frente, bamboleando-se como um arlequim pantomineiro, com os guizos a chocalharem e o seu chapéu de muitos bicos a dançarem-lhe na cabeça. E diria ainda:
- Estás acordado? Então, rapazinho estudioso, vai dizer pelo mundo que os que costumam sonhar - como tu fazias - ainda terão de haver-se comigo. Diz-lhes que lhes aparecerei na frente, para contar- lhes uma história feia, e convidá-los a abrirem os olhos da maturidade e da experiência.
Passados uns minutos de angústia, o menino estudioso revoltou-se contra aquela sua imagem... Quis expulsar de vez o monstrozinho que ele nesmo criara dentro de si, e gritou - lá para dentro do seu íntimo:
- Vai-te monstro! E vai tu dizer, aos jovens de todo o mundo, que eu serei eternamente jovem. Diz-lhes que eu nunca «abrirei os olhos» para desconfiar dos homens, e viver num mundo de esclarecida mesquinhez.
Anda ! - gritou com mais força, para dentro de si . - Vai contar a todo o mundo que jamais serei adulto...
"

Eu, boquiaberto, bebia-lhe as palavras. O que era isto?... O rascunho da sua estreia na ficção, em 1959: "AK: a Tese e o Axioma".

Um de outros temas a que se dedicou foi a filosofia política. Por exemplo, na antologia "Os Intelectuais e a Política", após explicar o seu conceito de intelectual (onde concluí que não é intelectual quem quer, mas quem é, e que a intenção e ação permanente do verdadeiro intelectual é a busca da verdade), interroga-se: não querem os intelectuais governar? ou não podem governar? A resposta é longa, porventura polémica, dizendo, entre muitos argumentos, o seguinte:

"[...] Parece-nos, pela sequência dos raciocínios expostos, que os intelectuais governam sempre, ainda que de diversos modos. Mas que o grau de intelectualidade está mais ou menos relacionado com as formas possíveis de governação, ou seja, quanto mais intelectual é um homem, mais adequado lhe é um determinado tipo de governação e orientação. Se é um grande intelectual, tenderá a fugir da «praça pública», com disse Nietzsche, para procurar a crista da montanha remota de onde desferirá os dardos que, transmutando-se através de outras e mais outras formas de conhecimento e de acção, irão atingindo o mundo do real e das relações humanas. Os grandes intelectuais predicaram religiões e morais; os intelectuais menos dotados, normalmente, reservaram para si os papéis de juristas ou de doutrinadores políticos. Os mais-intelectuais lançaram as bases de concepções do mundo, ou os fundamentos das ciências; os menos dotados fizeram experiências práticas e inventaram engenhos (ressalvem-se aqui os casos de um Arquimedes ou de um Galileu, entre outros). Não estamos a postular, é claro, mas simplesmente a buscar linhas mestras que nos ajudem a clarificar o problema [...]".

Assim era Romeu de Melo, polémico, de humor subtil por vezes cáustico, um magistral contador de histórias, um filósofo, ensaísta e ficcionista brilhante e, acima de tudo, "o mais solidário dos homens com o que ainda vale a pena no mundo" como disse Natália Correia. Teve uma influência indelével no meu gosto pela filosofia, história e ficção. Que estavam sempre presentes, também, nos nossos saudosos passeios e banhos no rio Guadiana, durante as tardes escaldantes do verão em Mértola, na companhia de outros amigos e amigas, em particular da sua irmã mais nova, Isabel Melo (futura médica), minha colega até ao 5º ano do liceu no Externato D. Sancho II. As Azenhas de Mértola era um dos sítios preferidos do rio, onde Romeu adorava meditar e escrever.
Encontrámo-nos pela última vez em Novembro de 1991. Num almoço memorável com as minhas colegas Raquel Gonçalves-Maia e Lídia Albuquerque. Ofereceu-me os três volumes das suas "Reflexões", com um brilhozinho nos olhos e palavras afetuosas. No mês seguinte, partiu a caminho do espaço etéreo. Até sempre, Amicus!

Rio Guadiana querido... imagens do meu olhar...
    Fernando Fernandes, Romeu de Melo e António Fernandes; Azenhas, Agosto 1953

Ricardo Lopes, Luísa Sales, Dr. Sales (junto do borrego), Romeu de Melo, Manuela Rodrigues, Victória Melo e Isabel Melo; Azenhas, Setembro 1958

 Fernando Fernandes e Romeu de Melo; abaixo da Casa Amarela, Agosto 1959
                                                
~1960

em "Reflexões", 1991

Diário de Notícias, 19/12/1991

Referências
[1] Romeu de Melo, "AK: a Tese e o Axioma", Porto, 1959.
[2] Romeu de Melo, "Ensaio sobre a Cultura", Editorial Presença, 1963.
[3] Romeu de Melo, "Os Intelectuais e a Política", Editorial Presença, 1964.
[4] Romeu de Melo, "Reflexões-1. Política, Filosofia, Sociologia, Antropologia", Publicações D. Quixote, 1986.
[5] Romeu de Melo, "Reflexões-2. A Natureza da Guerra, A Fenomenologia da Guerra e Outros Ensaios", Publicações D. Quixote, 1986.
[6] Romeu de Melo, "Reflexões-3. Filosofia Política, Sociologia, Cultura Portuguesa, Temas Literários", Editorial Notícias, 1990.
[7] Em Memória de Romeu de Melo, 2013.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Raquel Gonçalves-Maia, "Dos Raios X à Estrutura Biomolecular"

"Nem sempre a ciência foi um projecto virtuoso, convém consciencializá-lo em nome da paz social", escreveu Raquel Gonçalves-Maia em "O Legado de Prometeu". Todavia, no seu novo livro "Dos Raios X à Estrutura Biomolecular" descreve-nos um projecto deveras virtuoso. Sem endeusar os cientistas, nem laivos de cienticismo, mostra-nos quão importantes são as contribuições dos protagonistas deste ramo transversal da ciência para a segurança e prevenção na saúde social, e para desvendar mecanismos da Natureza.

O livro está estruturado em três capítulos: 1- Os Primeiros Voos, 2- Estrutura e Função, 3- A Terceira Geração. Após introduções explicativas seguem-se biografias resumidas dos/das cientistas principais. No final, uma bibliografia geral e específica e um índice onomástico de cientistas. Um livro primorosamente escrito como é o timbre da autora. Um estilo de historiografia que alia a pedagogia à didática. Um passeio delicioso na história da ciência!

Sobre Raquel Gonçalves-Maia, julgo que nada melhor do que a síntese da nota seguinte, em publicação num dos próximos números de "Química", Boletim da Sociedade Portuguesa de Química. Como bem diz Miguel Castanho, um livro indispensável para todos.


Referências
[1] Raquel Gonçalves-Maia, "Dos Raios X à Estrutura Biomolecular", Editora Livraria da Física, São Paulo, Brasil, 2013.
[2] Raquel Gonçalves-Maia, "O Legado de Prometeu. Uma Viagem na História das Ciências", Escolar Editora, Lisboa, 2006.
[3] Raquel Gonçalves-Maia, "O Legado de Nobel. Perfis na Ciência do Século XX (1900-1959)", Escolar Editora, Lisboa, 2008.

terça-feira, 11 de março de 2014

A Poesia e a Matemática

A poesia é simplesmente o meio mais belo, impressionante e largamente eficaz de dizer as coisas, escreveu Mathew Arnold, poeta inglês.

Álvaro de Campos, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, clamou:

O binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo.
O que há é pouca gente para dar por isso.
óóóó - óóóóóóóóó - óóóóóóóóóóóóóóóóóóó
(O vento lá fora.)

Walt Whitman, poeta americano (a quem Álvaro de Campos dedicou "Saudação a Walt Whitman") diz no seu longo poema "Song of Myself":

[...]
Do I contradict myself?
Very well then I contradict myself,
(I am large, I contain multitudes.)
[...]

António Gedeão, poeta (pseudónimo de Rómulo de Carvalho,  físico e químico), declamou em "Pedra Filosofal":
[...]
Eles não sabem, nem sonham,
Que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mão de uma criança.

Eduardo Aleixo, poeta, conjuga o número e a palavra em "Rosto Puro e Sábio":

A máscara do número
E o vestido da palavra
encobrem o rosto puro
e sábio do silêncio...

Michael Guillen, físico, matemático e astrónomo americano, escreveu no livro de 1995 "Cinco Equações que Mudaram o Mundo":

Na linguagem da matemática, as equações são como a poesia: estabelecem as verdades com uma precisão única, condensam vastas quantidades de informação em poucas palavras [...] e, tal como a poesia convencional nos ajuda a encarar as nossas profundezas interiores, a poesia matemática ajuda-nos a olhar para além de nós - se não até ao Céu, pelo menos até ao limite do universo visível. Ao tentar distinguir a prosa da poesia, Robert Frost [poeta americano] sugeriu certa vez que um poema, por definição, é uma forma concisa de expressão que nunca pode ser rigorosamente traduzida. O mesmo se pode afirmar da matemática: é impossível compreender o verdadeiro significado de uma equação, ou apreciar a sua beleza, se não for lida na linguagem deliciosamente peculiar em que foi escrita. Foi precisamente por isso que escrevi o presente livro.

Este livro de divulgação guia o iniciado num belo passeio através do significado e consequências da poesia de cinco equações. Desde Isaac Newton (1642-1727) até Albert Einstein (1879-1955) passando por Daniel Bernoulli (1700-1782), Michael Faraday (1791-1867) e Rudolf Clausius (1822-1888).

Como são os astronautas orientados nas suas viagens através do espaço? Como circula o sangue nas nossas veias, qual o fundamento dos aparelhos de medição da tensão arterial e porque voam os aviões? Donde vem a energia eléctrica que nos alumia e nos oferece outras inúmeras aplicações de que usufruímos diariamente? Como pode converter-se calor em trabalho útil, qual o rendimento das máquinas a vapor, o que regula a emergência da vida e porque se prevê a morte térmica do Universo? Porque razão não são o espaço, o tempo e a massa propriedades absolutas? Como pode converter-se massa em energia e vice-versa? Porque razão se encurva um raio de luz quando passa perto de um astro? Quais os factores a considerar para o correcto funcionamento do GPS e de imagens televisivas? etc., etc.

Ian Stewart, matemático inglês, em 2013 publicou "17 Equações que Mudaram o Mundo". Um livro de divulgação incluindo as equações do livro de Guillen, embora numa forma mais profunda, e respondendo também às questões anteriores e a muitas outras. Stewart diz no prefácio:

Muitas pessoas preferem palavras a símbolos; a linguagem dá-nos também poder sobre o que nos rodeia. Mas a ciência e tecnologia entendem que as palavras são frequentemente imprecisas e limitadas para indicar um caminho efectivo em busca de aspectos mais profundos da realidade. Elas são por demais coloridas por preconceitos humanos. As palavras, por si só, não nos podem dar visões essenciais. As equações podem. Elas têm sido um dos motores da civilização humana por milhares de anos. Através da história, as equações têm puxado os fios da sociedade. Escondidas atrás das cenas, certamente - mas a influência estava lá, reconhecida ou não. Esta é a história da ascenção da humanidade, contada através de 17 equações.

O prefácio do livro cita também Robert Recorde, médico e matemático britânico que em 1557 implementou um dos símbolos mais característicos das equações:

Para evitar a repetição maçadora das palavras: "é igual a", estabeleço, como faço no meu trabalho, um par de paralelas, ou linhas gémeas de igual comprimento: "=", porque nenhuma destas duas coisas podem ser mais iguais.

Bem hajam a Poesia e a Matemática. Oferecem-nos o belo e o útil, iluminam-nos a vida e o futuro. Aguardemos por mais casamentos entre o Passado, a Prosa, a Poesia, a Ciência...

Referências
[1] Álvaro de Campos, em Arquivo Pessoa.
[2] Walt Whitman, "Song of Myself".
[3] António Gedeão, "Pedra Filosofal".
[4] Eduardo Aleixo, "À Beira de Água".
[5] Michael Guillen, "Cinco Equações que Mudaram o Mundo", Gradiva, 3ª edição, 2004.
[6] Ian Stewart, "17 Equations that Changed the World", Profile Books, UK, 2013.
[7] David Bodanis, "E = mc2, A Biografia da Equação mais Famosa do Mundo", Gradiva, 2001.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Sobre Albert Einstein

Um amigo meu postou, no Face Book, uma fotografia histórica de Charles Chaplin e Albert Einstein quando este visitou Hollywood em 1931 na ocasião da estreia do filme "Luzes da Cidade":
Houve vários comentários às duas personalidades. No que se segue, transcrevo uma troca de comentários sobre Einstein, entre mim (FF) e outra pessoa (XX). Depois, farei breves considerações que me parecem oportunas.
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XX Eu gostava um bocadinho do Chaplin (nunca gostei do Einstein!) ...

FF Apreciei que tivesse documentado com detalhe uma das faces de Chaplin, que eu conhecia através do livro de Irving Wallace et al. Permita-me uma pergunta: porquê nunca gostou de Einstein?

XX Nao o sinto "grande" Fernando Mss Fernandes, matematicamente falando. O pensamento dele e do mundo e' linear; portanto, a teoria da relatividade, embora valida em alguns casos, nao se aplica a todo o Universo. E claro, na historia do "desenvolvimento linear do conhecimento", ele e' um degrau sim mas, cheio de erros. E pior que tudo, ele "fixou-se" neles, erros, o que prova que o cerebro dele nao era assim tao capaz. O mundo precisa de mitos e, os idiotas servem bem essa necessidade, sem eles proprios, idiotas, terem culpa alguma. Pobrexito! Daqui a pouco estou eu a passar-lhe um atestado de impunidade. Que nao pode ser, pois ele nao foi impune.
 Alem disso era um medroso!

FF Lamento que não tenha documentado as suas afirmações sobre Einstein com o detalhe que aplicou no caso de Chaplin. Tal como estão, em minha opinião, são cientificamente insólitas, prestam um mau serviço a leigos que se interessem pelas contribuições de Einstein e, deontologicamente, deploráveis. Einstein não errou? Claro que sim, como qualquer cientista, mas admitiu os erros e, assim, contribuiu também para o progresso da ciência. Cita a linearidade matemática (um "palavrão", incompreensível para qualquer leigo!), mas, aparentemente, esquece a história da ciência.
 Onde estão os imensos erros da teoria da relatividade (restrita e generalizada)? Demonstre, por favor.
 Onde estão os erros da interpretação quântica do efeito fotoeléctrico (que lhe valeu o prémio Nobel)? Demonstre, por favor.
 Onde estão os erros da teoria dos calores específicos de sólidos? Demonstre, por favor.
 Foi a sua filosofia "pobrexita"? Demonstre, por favor.
 Foram as suas ações e declarações políticas medrosas? Demonstre, por favor.
 Finalmente, não explica por que razão não o considera impune. E, mais, adjectiva de idiotas os que satisfazem as suas necessidades de mitos com as idiotices de Einstein!

XX Quando me prestei a responder a uma pergunta sua Fernando Mss Fernandes, nao foi de todo para entrar em confronto consigo. Gosta do Eisntein? Optimo! Eu nao gosto! E nao tenho que lhe dar a si a ou a outra pessoa qualquer, as razaos dos meus gostos ou des-gostos. Quanto ao detalhe e' obvio que, pela natureza das duas profissoes - actor e cientista - e' muito mais "rapido" pronunciarmo-nos sobre o primeiro. Sobre o segundo, ha' anos de leituras e analises que nao podem ser espremidos num comentario de fb. E muito menos para satisfazer "naturezas retoricas". Para mim, o homem nao prestava e ponto final. Yo, Ho, Ho...

XX Fernando Mss Fernandes, aqui tem alguma informacao tirada da net. The man with the big ideas wasn't so good with the details. In Einstein's Mistakes: The Human Failings of Genius (W.W. Norton, $24.95, excerpted below), Hans Ohanian writes that Albert often let his intuition overrule flawed proofs and shaky math. Maybe you'll feel a little better about your own flubs. 
(See this earlier DISCOVER story for more detail on Einstein's biggest flubs: thinking black holes were impossible, believing the universe was static, and saying that "God does not play dice." Also see DISCOVER's recent special issue on Einstein.) 

Chronology of Einstein’s Mistakes

1905 Mistake in clock synchronization procedure on which Einstein based special relativity

1905 Failure to consider Michelson-Morley experiment

1905 Mistake in transverse mass of high-speed particles

1905 Multiple mistakes in the mathematics and physics used in calculation of viscosity of liquids, from which Einstein deduced size of molecules

1905 Mistakes in the relationship between thermal radiation and quanta of light

1905 Mistake in the first proof of E = mc2

1906 Mistakes in the second, third, and fourth proofs of E = mc2

1907 Mistake in the synchronization procedure for accelerated clocks

1907 Mistakes in the Principle of Equivalence of gravitation and acceleration

1911 Mistake in the first calculation of the bending of light

1913 Mistake in the first attempt at a theory of general relativity

1914 Mistake in the fifth proof of E = mc2

1915 Mistake in the Einstein-de Haas experiment

1915 Mistakes in several attempts at theories of general relativity

1916 Mistake in the interpretation of Mach’s principle

1917 Mistake in the introduction of the cosmological constant (the “biggest blunder”)

1919 Mistakes in two attempts to modify general relativity

1925 Mistakes and more mistakes in the attempts to formulate a unified theory

1927 Mistakes in discussions with Bohr on quantum uncertainties

1933 Mistakes in interpretation of quantum mechanics (Does God play dice?)

1934 Mistake in the sixth proof of E = mc2

1939 Mistake in the interpretation of the Schwarzschild singularity and gravitational collapse (the “black hole”)

1946 Mistake in the seventh proof of E = mc2

FF Muito obrigado pela "sua" cronologia "Einstein's mistakes" através da net... para minha ilustração! São, por certo, as resposta às questões que levantei!... Agradeço, também, saber que não está disposta a satisfazer "naturezas retóricas". Pois bem, fique-se com o seu dogmático, não-retórico e "demonstrativo" de que aprecia o debate: "Para mim, o homem nao prestava e ponto final. Yo, Ho, Ho...".

XX Okay, apologies accepted!  Bye bye now.

FF Apologies accepted! Imagine-se...
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O que penso sobre os pontos focados acima está claro no "debate". Lamento que XX nada tenha justificado com argumentos científicos. Os "erros" (?) que listou são há muito conhecidos, o próprio Einstein reconheceu-os. Sobre as discussões com Bohr acerca da interpretação da mecânica quântica, ainda há muitos aspectos em debate, não totalmente esclarecidos...
Mais um ponto: XX menciona a "linearidade matemática". É curioso, pois que, certamente por lapso, não se lembrou de que a mecânica quântica, por exemplo, na sua forma ortodoxa, ainda utilizada actualmente com impressionante sucesso, é matematicamente uma teoria absolutamente linear! Leia-se, por exemplo, Stephen Weinberg (físico americano, prémio Nobel em 1979, com Abdus Salam e Sheldon Glashow, pela unificação das forças fraca e electromagnética):

Quantum mechanics has had phenomenal successes in explaining the properties of particles and atoms and molecules, so we know that it is a very good approximation to the truth. The question then is whether there is some other logically possible theory whose predictions are very close but not quite the same as those of quantum mechanics [...]. It is striking that it has so far not been possible to find a logically consistent theory that is close to quantum mechanics, other than quantum mechanics itself [...]. In inventing an alternative to quantum mechanics I fastened on the one general feature of quantum mechanics that has always seemed somewhat more arbitrary than others, its linearity [...]. This theoretical failure to find a plausible alternative to quantum mechanics, even more than the precise experimental verification of linearity, suggests to me that quantum mechanics is the way it is because any small change in quantum mechanics would lead to logical absurdities. If this is true, quantum mechanics may be a permanent part of physics. Indeed, quantum mechanics may survive not merely as an approximation to a deeper truth, in the way that Newton’s theory of gravitation survives as an approximation to Einstein’s general theory of relativity, but as a precisely valid feature of the final theory”.
XX também não esclarece porque razão considera que Einstein "não foi impune" e que "era um medroso". 
Será pelas afirmações, não raras, de que ele foi o "pai da bomba atómica"? Não foi, esteve muito, muito longe disso
Será que não exerceu ações ou não fez declarações políticas sobre o nazismo, por exemplo? Exerceu e declarou, em momentos cruciais da 2ª guerra mundial e, depois, até falecer em 1955.
Será que foi, medrosamente, subserviente à política americana? Não foi, como o relatório do FBI, elaborado por Edgar Hoover, comprova claramente.

Teoria da Relatividade de Einstein em Ação
(publicado pela NASA, 6/3/2014)
se a imagem não for visível clicar no link abaixo